O borbulhar do oxigênio.
A respiração hesitante.
A troca de turno.
Colírio nos olhos: duas gostas no lado direito;
uma no lado esquerdo.
21:30.
O calor.
O frio.
Os olhos atentos.
A madrugada adentro.
A capela.
A ponte na janela.
O vento cortante,
Revigorante.
A vida.
A morte.
O dia que nasce.
A enfermidade.
O acalento - em vão.
Gibt es etwas besseres?
E então o almoço em família.
Mas falta.
Os risos pertubam.
Sobra galinha caipira na panela.
A amargura.
O sono.
O choro - tímido.
Outra vez a capela amarela,
A volta ao morro;
O pacote junto ao corpo
(Fraldas).
Balões.
Doces.
A barriga crescida.
Os muitos sorrisos com sincera alegria no salão.
As conversas.
O esquecimento.
A lembrança.
A música.
A vida.
A vida!
O leito.
As fraldas:
Geriátricas, na ala Senhor dos Passos;
Infantis, no salão de festas alugado.
Na saída, o frio.
O café para esquentar a alma.
A vida dentro de mim.
Os ciclos.
As fraldas.
21:30.
Pensamentos.
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