domingo, 1 de dezembro de 2013

Poema escarlate em duas partes

I. Âncora

Ilusão. Quando pensei que havia finalmente partido para alguma direção, lá estava ele de novo: Atracado como sempre. Vermelho como sempre.


Porque meu estado de espírito é oscilante como o mar,
mas teu nome sempre insiste em ancorar.


II. Semiótica da Navegação

Pensei que teu nome tomaria rumo,
se esvaeceria.
Seguiria como embarcação que no horizonte se perde de vista.
E retornaria, talvez, um dia:
Tal qual tripulante esquecido,
Tal nome que perde o sentido.

E então talvez eu não permanecesse, inerte, a te esperar no cais.

(Primavera de 2012)

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