Que da máquina de escrever saia uma rosa.
Que do barulho da mata sobressaia minh'alma.
Que da corrente sensível venha a força que abrandará a tempestade -
Porque está a tempestade.
Que da expansão urbana saia melodia,
(E que um meio-dia nosso valha por um dia inteiro)
Que meu pensamento -
Que teu pensamento -
se fundam.
Que da repetição tire proveito a mente irriquieta.
Que do mundo disperso saiam novas fotografias.
E que da grafia aflorem novas conexões. Invenções. Intenções.
Que seja como o impulso que faz correr atrás do pedalar humilde, que sente o peso do cesto de pães.
Que o coração fale alto assim sempre.
Que o escutemos -
Pois está o coração.
Está aqui, ali, em todo corpo e lugar.
E que dos ponteiros livres do relógio sem dono floreça a sintonia de que precisamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário